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União da Mocidade Adventista da Promessa

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

TERROR NO RIO: Perguntas que não querem calar

Por que os mesmos líderes evangélicos que durante a campanha eleitoral vieram a público defender seu posionamento contra o homossexualismo e o aborto ainda não se manifestaram quanto ao campo de batalha em que se tornou o Rio de Janeiro?

Por que muitos pastores estão mais preocupados em ter que cancelar seus cultos do que propriamente com o bem-estar de seus membros?

Por que muitos crentes preferem aludir ao fim do mundo como justificação para a situação em que chegou nossa cidade? Será que teremos um Apocalipse Carioca? E o que tem acontecido no Iraque e em outros lugares de conflito no mundo seria o quê? Não seria este um argumento escapista? Nunca houve conflitos como esse em outras épocas? Se o que está acontecendo no Rio é um sinal dos tempos, o que teria sido a segunda guerra mundial?

Por que a presença maciça da igreja evangélica na Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão e em outras comunidades dominadas pelo tráfico não tem sido capaz de reverter o quadro? Seria isso fruto de uma mensagem escapista?

Por que há tantos filhos de crentes envolvidos no crime? Até onde a teologia da prosperidade teria responsabilidade no aumento da criminalidade, uma vez que supervaloriza a posse de bens materiais?

Por que tantos crentes acham que as coisas podem ser resolvidas através de algum tipo de marcha ou manifestação pública? E quanto àqueles que acreditam no poder de atos proféticos?

Por que a polícia permitiu que os bandidos fugissem para o complexo do alemão? Por que o poder público resolveu invadir duas grandes favelas na Zona Norte do Rio, e não a Rocinha? Seria por ser na Zona Sul, próximo de onde moram os governantes, seus amigos e familiares?

Por que parte da população parece desejar um derramamento de sangue em vez da prisão e julgamento dos criminosos?

Por que os governantes gostam de posar de heróis como se eles mesmos não tivessem responsabilidade pelo aumento da criminalidade nos últimos anos? Onde eles estavam enquanto a cidade se favelava? Será que alguns deles seriam também usuários de drogas? E seus filhos?

De onde vêm as ordens capazes de unir facções arquiinimigas para aterrorizar o Estado do Rio? Se vêm dos líderes dessas facções que estão atrás das grades, quem as facilita? Como teriam acesso a celulares se estão em presídios de segurança máxima?

De onde vêm as armas pesadas usadas pelo traficantes? Quem facilita sua entrada no País? Quem estaria por trás de tudo isso? Quais as motivações, interesses e intenções inconfessáveis que não são reveladas pela Mídia? Quem coloca a arma na mão do bandido? Quem financia o crime? Não seriam muitas das mãos que agora aplaudem a tomada da Vila Cruzeiro?

A teologia que abraçamos nos faz pessoas mais compassivas ou ufanistas? Nos aliena ou nos impulsiona em favor do outro? De que lado nos colocamos, do Poder Público, dos bandidos ou da população indefesa?

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Fonte: Hermes Fernandes

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