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União da Mocidade Adventista da Promessa

domingo, 3 de julho de 2011

Onde está o seu tesouro?

É eu sei, meu problema é com o dinheiro. Não em sua forma física, mas o quanto afeta mentalmente e espiritualmente as pessoas.

Lembro-me bem da origem de tudo. Não! Eu não estava lá! Na verdade mesmo, não sei ao certo qual é a verdadeira “lenda” de tudo isso, mas bem sei que não há outra melhor pra ilustrar o referido tema, dizem que quando os primeiros Burgos começaram a fazer comércio ao redor dos castelos feudais, eles sentavam-se em "bancos" de madeira fora dos muros da cidade e negociavam suas mercadorias. Sei também que em meados do século XVII houve a invenção do dinheiro em papel (papel-moeda) pelo Banco de Estocolmo capital da Suécia. Criando-se com tudo isso os Bancos e o Mercado Financeiro.

Mas quando tratamos de religião, lembramos que não há qualquer uma que afirme a necessidade efetiva de se ambicionar, adquirir e armazenar riquezas aqui nessa terra. Muito pelo contrário, temos exemplos do ocidente ao oriente, do velho ao novíssimo mundo, de crenças que abominam a “maldita moeda” e vestem-se de humildade e votos de pobreza.

Não seria diferente com o cristianismo puro e simples, já que o mesmo nasceu de um andarilho que não tinha nem aonde recostar a cabeça. No evangelho de Lucas temos o próprio Messias afirmando: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu, ninho, o Filho do Homem, porém, não tem onde recostar a cabeça”.

Se não há qualquer denominação que se intitule “filha do dinheiro” ou “Servos da Moeda”, por cargas d’água temos a atual patifaria nas igrejas evangélicas? Qual a razão de todo essa “Teologia da Prosperidade”, de onde tiraram isso? Qual fundamento? Qual deus eles seguem? Qual é o livro doutrinário? Quais são seus usos e costumes?

Baseiam-se na Verdade, mas a mesma verdade escondem dos fiéis, que vão aos bancos (não as instituições financeiras, mas os bancos para sentar das igrejas) e engolem todo esse “Evangelho baseado no “O Segredo”.

Envergonho-me, muitas vezes, de ter que explicar que não sou evangélico daqueles que tem um ou outro “Santo Apostolo” estampando a face (pra não dizer cara) lavada na TV.

Creiamos no evangelho, creiamos na palavra do Cristo vivo entre nós, creiamos em Deus e tão somente. Não há outro caminho pra prosperidade se não a adoração contrita e quebrantada. Não há o que alegra o coração do nosso Criador, se não, as súplicas em favor de adorá-lo e não de empurrar-lhe contra a parede e dizer (como outra vez vi em um adesivo no pára-choque de um carro): “Senhor, não se esqueça que sou dizimista fiel”.

DEUS, DEUS, DEUS!!! Isso é vergonhoso! Cá pra nós, sabemos, com pouco conhecimento que nossa vã filosofia nos permite, que a fé é para o bem e para o mau. Que a fé nos foi concedida na criação do ser humano. E que a fé move montanhas, mesmo que essa fé não seja dirigida ao próprio Criador dos céus e da terra. Mas sabemos também que essa fé é em vão. Já dizia um rimador conhecido: “Pra que tanto dinheiro? Não adianta por no bolso do terno, Eles não aceitam isso lá no inferno! Nada! Isso não vale nada!”.

Voltemos a Deus para que ele se compadeça de nós e nossas ambições mesquinhas. Voltemos a Deus e ele nos purificará com o sangue de seu único filho, que com dor, sacrificou nesse mundo avarento, para que nós pudéssemos usufruir de uma vida sem moeda, sem dor, sem pranto, sem noite, sem correria, sem sede, sem fome, sem hipoteca da mansão, sem IPVA do carrão, enfim, de uma vida verdadeira, uma vida de Alegria, eternamente.

Não sou hipócrita, sei bem o diz em Malaquias 3:10, já li e re-li muitas vezes: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.” Mas não podemos valer-nos de textos fora dos contestos, pois em outras passagens, algumas inclusivem ditas em pessoas por nosso Deus, feito em carne, novamente no santo evangelho de Lucas capítulo 12 versículo 15:

“E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.” E ainda em malaquias mesmo podemos refutar qualquer afirmação de que temos a obrigação de ter o melhor da terra, que se não temos carrões e mansões não somos abençoados filhos de Deus: Malaquias 3:15 Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos;


E ainda, quando não nos atentamos ao que ouvimos, retendo tudo o que entra pelos nossos ouvidos, faz com que nossos corações se encham daquilo que pregam a nós em todas as mídias: Televisão, Igrejas, Blogs e qualquer outro meio que nos pregam a prosperidade e capitalismo acima de qualquer outro bem ou valor, mas se continuarmos a estudar aquela que é a real vontade de Deus (que possamos, nós, sua obra prima, viver com Ele eternamente em alegria) veremos que há outras passagens bíblicas que nos alerta ao nosso erro, que pode nos levar a falência... falência espiritual:“Quem ama o dinheiro não se fartará de dinheiro; nem o que ama a riqueza se fartará do ganho; também isso é vaidade.” Eclesiastes 5:10.

Quantas vezes o pregador subiu ao púlpito e exclamou: o catolicismo fugiu ao verdadeiro Deus, não se importou com a Palavra Santa e criou seus próprios dogmas, se desviando dos caminhos do Senhor. Mas olhe ao seu redor, será que isso não está acontecendo com você? “Nos lugares altos se ouviu uma voz, pranto e súplicas dos filhos de Israel; porquanto perverteram o seu caminho, e se esqueceram do SENHOR seu Deus.” Jeremias 3:21.Esse texto não é um estudo, mas vejam que se coninuarmos a examinarv as escrituras veremos mais e mais exemplos de que esse não é o real caminho e tampouco o propósito de uma vida cristã: “Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; - Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve.

-Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. - Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; - Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. - Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Mateus 6

Qual a razão de repudiarmos o catolicismo, se hoje, há igrejas que criam os mesmos dogmas de fé e virtudes transviadas que a mesma criou no passado, vendendo indulgencias e tratand o reino do céu como mercado? Qual o real valor da reforma protestante? Qual o real valor dos que doaram suas vidas à salvação de milhares fundado igrejas para fujir de doutrinas vãs?Afinal qual o real valor da sua fé? Esperar pelo melhor ou esperar pelo carro zero?


Eduardo Paglioni

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